Qual o segredo para contratar o profissional correto?
Como saber qual profissional é a escolha certa para a sua equipe? Quais habilidades e competências devem ser priorizadas, observadas durante a entrevista, e podem ser consideradas determinantes para a contratação? Você sabe o que são hard skills e soft skills? Quais as diferenças entre habilidades e competências emocionais e habilidades e competências técnicas?
Você provavelmente sabe que, em muitas empresas, o conhecimento prático e técnico são as primeiras e principais habilidades a serem verificadas no candidato. Sem dúvidas, essas são características importantes. Afinal, você não contrataria um jardineiro para combater incêndios em edifícios altos, ou um mecânico para fazer uma cirurgia de estômago, não é?
Essas habilidades práticas e técnicas são chamadas hard skills. Embora fundamentais, as empresas mais experientes e de sucesso têm chegado à conclusão de que, sozinhas, as habilidades técnicas não são suficientes.
Na verdade, colaboradores considerados excelentes possuem, além das hard skills, outro conjunto de habilidades. Estas são bem mais difíceis de treinar e desenvolver: são as chamadas soft skills, ou seja, habilidades pessoais e sociais.
Mas afinal, quais as principais diferenças entre hard skills e soft skills? Existe um conjunto de habilidades mais importante que outro? Como aferir na prática, no momento das entrevistas, a presença dessas habilidades e competências nos candidatos a colaboradores?
Dessa vez, vamos apresentar o que são hard skills e soft skills e suas principais diferenças. Vamos oferecer informações que ajudarão você a ter domínio sobre esses conceitos e garantir melhores escolhas no processo de contratação.
Se interessou? Garanta o conhecimento sobre essas habilidades e aptidões, promovendo o sucesso de sua carreira e negócio. Boa leitura!
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Hard Skills: O que são?
Hard skills podem ser entendidas como habilidades e competências técnicas, ou seja, talentos e aptidões que podem ser facilmente medidos. Geralmente são habilidades mais específicas para um determinado trabalho e podem ser apreendidas por meio da escolaridade ou treinamento.
Hard skills são habilidades e competências que você relaciona e apresenta em um currículo; são áreas nas quais você possui certificações e experiência. Portanto, podem ser descritas como aptidões que possuem mensurabilidade e que definem qualidades específicas de, por exemplo, um bom vendedor, um bom mecânico, um bom dentista, um bom cirurgião etc.
Nesse sentido, estas habilidades técnicas são muito mais fáceis de quantificar e medir. São ferramentas e aptidões para as quais os colaboradores são treinados especificamente. É o caso do conserto de carros para um mecânico, a especialização em cirurgia para um médico, a habilidade de consertar uma torneira para um encanador, de tirar sangue para uma enfermeira etc.
As hard skills podem ser consideradas como a espinha dorsal do trabalho, adquiridas por meio de treinamentos técnicos, instruções específicas e prática. A lista de hard skills é tão longa quanto o número de diferentes profissões no mundo. Algumas habilidades técnicas podem ser citadas, como:
- Falar uma língua estrangeira
- Aptidão para vendas
- Gestão de Fluxo de Caixa
- Codificação
- Blockchain
- Computação em nuvem
- Programador em computação
- Análise de negócio
- Controle de estoque
- Especialista em marketing de afiliados, etc.
Para novos colaboradores ou profissionais com pouca experiência ou histórico, as habilidades técnicas podem ser medidas em termos de notas de testes, graus, certificações, soluções de problemas técnicos etc.
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Além disso, é fundamental que as habilidades e competências técnicas sejam frequentemente treinadas por um profissional ou equipe. Afinal, são elas a espinha dorsal dos serviços que sua empresa oferece ou dos produtos que ela cria. Você não contrataria um cirurgião cardíaco sem as habilidades técnicas para realizar uma cirurgia cardíaca, ou alguém para projetar uma ponte que só tivesse experiência em mercado de varejo.
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É por isso que essas habilidades são tão fundamentais de serem aferidas no processo de contratação. Entretanto, é cada vez mais presente entre os contratantes a noção de que, sozinhas, essas habilidades não bastam. Por isso, as soft skills são habilidades cada vez mais requisitadas pelas organizações.
Soft Skills: O que são?
Enquanto as hard skills podem ser entendidas como habilidades e competências técnicas, as soft skills são habilidades e competências comportamentais. Estas são menos definidas que as primeiras e geralmente não se aplicam a apenas um trabalho específico, mas são fundamentais para a convivência social.
Por isso, as soft skills são aquelas competências que ajudam o colaborador a construir relacionamentos mais duradouros com colegas de trabalho e clientes. Ou seja, são aptidões interpessoais que ajudam as pessoas a se relacionar e colaborar. São características mais subjetivas, que envolvem elementos emocionais, comportamentais e de convívio interpessoal.
Diferentes das habilidades técnicas, essas inclinações pessoais são bem mais difíceis de serem treinadas. Além disso, podem ser definidas por elementos biológicos, como o caráter, ou social como o meio familiar, capacidade de trabalhar em equipe, compreensão geral e participação da cultura de sua empresa.
As soft skills podem se apresentar como bem mais desafiadoras para colaboradores que estão entrando no mercado de trabalho ou em transição de carreira. Para ajudar no entendimento desse tema, a rede social focada em oportunidades de trabalho LinkedIn analisou as cinco habilidades comportamentais mais solicitadas pelos empregadores em 2020. São elas:
- Criatividade
- Persuasão
- Colaboração
- Adaptabilidade
- Inteligência Emocional
A inteligência emocional é, dentre as cinco competências e habilidades listadas pelo LinkedIn, a mais difícil de ser ensinada a alguém. Isso porque ela inclui a capacidade de uma pessoa de ter empatia com os outros, regular seu próprio comportamento e desenvolver a autoconsciência. Além disso, a inteligência emocional indica um nível de motivação intrínseca que contribui para uma forte ética de trabalho.
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Além das soft skills listadas acima, não podemos deixar de citar tantas outras, como:
- Empatia
- Inovação
- Comunicação
- Saber ouvir
- Pontualidade
- Organização
- Trabalho em equipe
- Sensibilidade
- Flexibilidade
- Paciência
- Gerenciamento de tempo
- Ser multitarefa
- Atenção aos detalhes
- Responsabilidade
- Pensamento estratégico
- Solução de problemas
- Boa tomada de decisões
- Resolução de conflitos
- Consciência cultural
- Respeito à diversidade
- Saber escutar críticas
- Saber dar feedback de modo construtivo
- Saber elogiar
- Se responsabilizar pelos equívocos cometidos
A verdade é que assim como as habilidades técnicas, as soft skills também são múltiplas e é difícil até de definir sua quantidade. Isso porque elas se fazem presentes em todas as relações humanas no ambiente de trabalho.
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Porque treinar/procurar as soft skills (competências comportamentais) em seus colaboradores?
É fundamental que as soft skills sejam desenvolvidas no trabalho, pois são fundamentais na construção de um ambiente feliz e respeitoso nas organizações. Portanto, são elas que auxiliam para que o lugar de trabalho seja acolhedor, onde as pessoas se sintam bem e queiram estar. Garantem ainda um trabalho em equipe mais poderoso e que as inovações sejam exponencializadas.
Basicamente, isso significa dizer que as empresas onde há equipes com boas competências comportamentais – soft skills – sofrem menos com rotatividade de pessoal, quando comparadas a outras empresas de mesmo nicho, porte e com oferecimento de salário, benefícios e planos de carreira semelhantes. Isso acontece porque as pessoas se sentem mais satisfeitas e felizes em ambientes de trabalho onde os superiores e colegas são respeitosos, elogiam, são acolhedores e etc. Portanto, colaboradores de empresas com essas características em suas equipes costumam recusar mais ofertas de oportunidades em outros espaços do que colaboradores de outros locais; e costumam também procurar menos vagas externas.
Dessa forma, criar ambientes com líderes e com equipes ricas em soft skills acaba garantindo que a felicidade e bem-estar da equipe se reverta em maior estabilidade e sucesso para a empresa. Afinal, a organização não precisará lidar com uma série de problemas que afetam seu dia a dia e seus lucros, por exemplo:
- Abandonos de cargos constantes pelo colaborador passar em uma oportunidade externa, sobrecarregando a equipe desfalcada e o setor de pessoas da empresa
- Demissões constantes pela empresa perceber que contratou um funcionário com habilidades técnicas importantes, mas sem recursos para construir relações interpessoais
- Atrasos com conclusão de tarefas e com entregas, pois as equipes felizes com seus trabalhos se dedicam mais e garantem um serviço com maior qualidade e com menos problemas, incluindo o tempo para execução
É o que demonstra o estudo da Carnegie Mellon Foundation, instituição americana que investe em educação. Segundo sua pesquisa, 75% do sucesso no trabalho de longo prazo depende do nível de soft skills, ou seja, das competências comportamentais que os colaboradores possuem.
Além disso, em outro estudo, o LinkedIn descobriu que 57% dos empregadores valorizam mais as habilidades comportamentais, as soft skills, do que as hard skills ou habilidades técnicas na hora de fazer novas contratações.
É importante lembrar que isso não significa que as competências técnicas, as hard skills, não sejam importantes. Muito pelo contrário, são elas que impulsionam fundamentalmente seu crescimento, especialmente no começo da carreira. O que buscamos demonstrar é a centralidade cada vez maior das habilidades nos processos de contratação, e com razão. Afinal, as soft skills contribuem para o trabalho de formas que as hard skills não poderiam.
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Dica de Livro
Caso você queira entender profundamente o conceito de inteligência emocional, sua origem, aplicação e conceito, recomendamos a leitura do livro Inteligência Emocional, do Professor Daniel Goleman, da Universidade de Harvard.
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Concluindo
As hard skills, ou competências técnicas, são muito importantes para as organizações e profissionais. Isso porque são elas que chamam a atenção das lideranças, impulsionam profissionais em início de carreira etc. Além disso, o colaborador que soluciona problemas nos processos técnicos para seus chefes e gerentes é visto como um profissional com potencial para assumir posições de liderança.
Ao conquistar um cargo de liderança, as soft skills, habilidades pessoais, se tornam fundamentais para garantir maiores e melhores resultados para a equipe. Além disso, são essas aptidões que angariam a continuidade de promoções e inspiram melhores ambientes de trabalho.
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Um bom líder ou gestor deve estar consciente de que é o equilíbrio entre as soft skills e as hard skills que certifica um bom profissional e um possível futuro líder. Entretanto, é importante que, no momento da contratação, o contratante privilegie as soft skills. São as habilidades pessoais que precisam se apresentar como diferencial essencial em seu colaborador contratado.
Fonte: Foto de Alex Green no Pexels
Isso porque as hard skills são muito mais facilmente treináveis e apreendidas, enquanto que as soft skills são aptidões complexas, que envolvem muitas variáveis subjetivas. É muito comum que uma empresa privilegie as hard skills no momento da contratação e acabe demitindo esse profissional futuramente, justamente pela falta das habilidades pessoais.
Por isso, não se esqueça: as habilidades pessoais, também chamadas de soft skills, são centrais e fundamentais para serem avaliadas nos processos de contratação. Diferente das hard skills, elas não podem ser facilmente ensinadas e se configuram como um diferencial importante.
E você? Consegue diferenciar hard skills e soft skills? Já sabe como avaliá-las e como privilegiá-las ao contratar um colaborador?
Aproveite para colocar esses conhecimentos em prática e garanta a melhor equipe para sua organização!
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