Coronavírus – Como a pandemia pode afetar seu negócio?

Coronavírus – Como a pandemia pode afetar seu negócio?

O coronavírus se alastrou pelos cinco continentes. A pandemia gerou ondas de
medo, pânico e de insegurança no mundo todo. Sendo responsável pela morte
de dezenas de milhares de pessoas no mundo todo, a pandemia do
coronavírus fez praticamente todo o mundo parar: fronteiras nacionais foram
fechadas, pessoas são orientadas a ficarem confinadas em casa, sistemas de
saúde entraram em colapso, eventos de todo gênero (incluindo as Olímpiadas
de 2020) foram cancelados ao redor do mundo.
A crise acarretada por este vírus fez o mundo parar. E é claro que essa
situação traz consequências sérias para a economia e para todo tipo de
negócio. Agora, você já pensou qual o real impacto dessa pandemia no seu
negócio particularmente?
É normal sentir medo neste momento, bem como insegurança ou preocupação
com o futuro. Entretanto, saiba que existem planos de ação que podem ser
criados para garantir a sobrevivência do seu negócio neste momento caótico.
Aliás, você sabia que as crises trazem consigo ótimas oportunidades, desde
que as pessoas consigam reconhecê-las?
Veja neste artigo quem está ganhando e quem está perdendo no meio de todo
esse caos. Mais que isso: aprenda o que fazer para sobreviver a essa crise.
Boa leitura!
O coronavírus vai acabar com a economia
mundial?

Crédito: Unsplash
Não, não vai.
A crise mundial gerada pelo coronavírus não é de todo mal e tem dois lados,
como todos os outros fenômenos do mundo. É claro que há empresas que
estão sofrendo e provavelmente não sobreviverão a essa crise. Entretanto, há
também empresas que estão crescendo significativamente e lucrando muito
dinheiro.
A grande questão deste momento é: de qual lado o seu negócio está, neste
momento?

Coronavírus
Naturalmente, o coronavírus não precisa de maiores apresentações.
Certamente você sabe do que se trata, conhece os sintomas e as principais
recomendações para reduzir os riscos de contaminação.
Bem, é justamente devido as ações de prevenção orientadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) que o mundo empresarial está sendo tão afetado.
Entretanto, lembre-se que é possível sair dessa crise com grandes
transformações (positivas).
Veja também 10 dicas imbatíveis para inovar o seu negócio.

Impactos do coronavírus na economia
A verdade é que todos os setores da economia serão afetados de alguma
forma pela pandemia do coronavírus. Isso é inevitável. Entretanto, isso não
quer dizer que o impacto precisa ser negativo. Seu negócio pode ser impactado
de forma negativa ou de forma positiva. A definição da forma que seu
empreendimento será afetado depende de muitos fatores, principalmente das
decisões que você tomar.
Para entender melhor os possíveis efeitos na economia mundial e nos
negócios do coronavírus é necessário recapitular algumas informações:
1. As autoridades públicas de todo o mundo estão recomendando que a
primeira ação de combate ao vírus seja ampliar seus cuidados pessoais
com a higiene. Por exemplo: lavar as mãos com maior frequência,
utilizar álcool gel e etc
Naturalmente, as empresas que fabricam e distribuem produtos de higiene
pessoal e de limpeza, como máscaras e álcool gel, serão afetadas de forma
muito positiva nessa pandemia. Inclusive, elas já estão sendo afetadas
positivamente. Entretanto, este não é o único setor a crescer no momento
atual: empresas de fabricação e distribuição de suplementos vitamínicos e o
setor farmacêutico também estão ganhando espaço nesta crise.
2. A segunda e principal recomendação para este momento é a restrição
da circulação, movimentação e aglomeração de pessoas em qualquer
tipo de ambiente e no mundo todo. Basicamente, a recomendação é que
as pessoas permaneçam em casa o máximo que for possível
E é essa segunda recomendação que vem causando o maior impacto sobre a
sociedade e sobre a economia do Brasil e do mundo.
Setores afetados negativamente pela quarentena do coronavírus
A recomendação do isolamento social certamente gera consequências sérias
em muitos mercados e setores da economia do nosso país. Alguns desses
setores conseguirão crescer neste momento e outros setores serão afetados
de forma negativa, colocando em risco até mesmo a sobrevivência do negócio.

Infelizmente, é verdade que milhares de empresas podem estar correndo o
risco de desaparecerem neste período de crise nacional e mundial. Alguns dos
setores que serão afetados de forma negativa são, por exemplo:
● Transportes em geral, como aéreo, marítimo e rodoviário-ferroviário
● Shopping centers
● Eventos de entretenimento, como esportes, shows, festas, cinemas,
teatros e etc
● Parques de diversão e temáticos, como Disney, Beto Carrero World e
etc
● Escolas, universidades e instituições de educação presencial
● Escritórios de contabilidade, advocacia, tecnologia e etc
Basicamente: toda empresa e todo tipo de negócio que atraia grupos de
pessoas e que exijam convivência próxima. Infelizmente, a consequência
negativa que as empresas sentirão neste momento se refere justamente a
queda das vendas e da rentabilidade.
O provável é que todos os setores listados acima terão redução muito
significativa nas suas vendas e, consequentemente, no seu faturamento. Por
isso, muitas dessas empresas estão correndo realmente o risco de não
conseguirem sobreviver a essa queda de vendas.
A verdade é que a sobrevivência das empresas neste momento dependerá do
fôlego financeiro dessas organizações. Ou seja, as condições da empresa
sobreviver ou não neste momento estão associados com sua capacidade de
caixa de se manter pelos próximos 3 a 6 meses.
Leia também como definir a melhor estratégia de remuneração para
crescimento de seu negócio.

O caixa é o rei
“O caixa é rei” é um jargão financeiro que parece ser a máxima em tempos de
coronavírus. Isso porque a partir do momento que as pessoas deixam de
circular e ficam basicamente em suas casas, elas também deixam de consumir
produtos de alguns setores. Naturalmente, isso afeta o andamento da indústria.

Neste momento, a tendência é que o consumo das pessoas se concentre
naquilo que é considerado necessidade básica, e também em produtos
passíveis de serem consumidos dentro de suas casas. Basicamente, produtos
residenciais.
A recomendação para desaceleração da contaminação do coronavírus de ficar
em casa vai reduzir significativamente o consumo daquilo que as pessoas
compravam nas ruas, sendo muitas dessas compras de produtos de baixo
custo e adquiridos por impulso e sem planejamento.
Quando a pessoa se vê dentro de casa, o seu consumo evidentemente vai se
voltar para empresas que fornecem produtos residenciais. Por isso, estes
setores terão um salto nas suas vendas neste momento. Os principais setores
são:
● Alimentação
● Videogames e jogos em geral
● TV a cabo e serviços de streaming, como Sky, Netflix, Amazon Prime e
etc

Supermercados
Ao que tudo indica, o setor de supermercados será o primeiro a ganhar neste
momento. Isso porque este é o principal setor de vendas e distribuição de
produtos consumidos dentro de casa. Não à toa, esse setor está vendo suas
vendas explodir neste cenário, assim como seus fornecedores.
Semanalmente, os relatórios de vendas mostram o aumento dos lucros do
setor de supermercados. Na verdade, muitos mercados estão inclusive com
dificuldade de receber produtos suficientes de seus fornecedores, pois os
mesmos não estão conseguindo produzir na velocidade do consumo.

Setores beneficiados pelo coronavírus

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Os produtos que são consumidos dentro de casa e que são considerados “não
perecíveis” terão suas vendas muito acima do projetado. Alguns destes
produtos são, por exemplo:
● Enlatados
● Águas
● Refrigerantes em pet
● Produtos de higiene pessoal
● Laticínios
Os fabricantes e distribuidores destes produtos terão um aumento significativo
em seus rendimentos neste momento.
Além disso, o setor de entregas a domicílio também deverão ver seus lucros
crescendo com a quarentena do coronavírus. Algumas das empresas são, por
exemplo:
● Ifood
● Rapp
● Loggi

Esse crescimento se dá pelo fato das pessoas estarem optando cada vez mais
pelas compras Online com entregas em suas residências.
Desde o início da crise, as vendas Online nos Estados Unidos aumentaram
cerca de 40%.

Espaços físicos
Entretanto, a restrição da circulação das pessoas deve afetar de forma
negativa uma série de outros setores. As empresas de transporte e de viagens
sofrerão muito com a quarentena, por exemplo. As lojas físicas de shoppings
centers ou localizadas em ruas normalmente movimentadas também serão
severamente afetadas.
Alguns executivos importantes afirmaram que estes setores terão seus
problemas já existentes devido a concorrência das vendas Online
potencializadas neste momento. Ou seja, as dificuldades destes setores já
vinham acontecendo mesmo antes da crise de coronavírus, devido a
concorrência que as vendas na Internet impõe.
Veja abaixo algumas dicas que podem auxiliar seu negócio neste momento tão
delicado.
Impulsionamento digital
A primeira e mais óbvia dica é essa: impulsionar suas vendas nos espaços
Online, como site da loja ou site de e-commerces, como Amazon, Magazine
Luiza, Submarino, Mercado Livre e etc.
Sites deste gênero costumam permitir que outras lojas anunciem produtos nos
seus sites. De modo geral, a loja publica seus produtos nestes sites de vendas
e paga uma pequena taxa por venda realizada, como se fosse uma espécie de
“comissão” ou de “aluguel” pelo espaço virtual disponibilizado.
Contatos telefônicos
O impulsionamento digital é, naturalmente, a primeira dica desta lista de
sugestões de como manter a rentabilidade de seu negócio na quarentena de

coronavírus porque ela é a mais óbvia e porque é uma medida que vale para o
período de isolamento e para depois dele. Entretanto, essa está longe de ser a
única possibilidade.
A segunda dica para esse momento é: reative e aposte nos contatos
telefônicos com seus clientes. Use essa ferramenta para mostrar aos clientes
que você segue trabalhando, mas que também está preocupado com ele e por
isso vai fazer todos os contatos à distância.
Se ofereça para enviar por whatsapp fotos e vídeos de novos produtos e novas
coleções. Inclusive, se você estiver trabalhando com clientes conhecidos e de
confiança, você pode comunicar que é possível encaminhar algumas peças via
correios para ele provar.
Se fazer presente neste momento (mesmo que a distância), pode ser o divisor
de águas no futuro de seu negócio.
Restaurantes, lanchonetes, padarias e bares
Com a restrição a circulação das pessoas, o setor dos restaurantes, bares,
padarias e lanchonetes também tende a ver seus lucros caindo drasticamente.
A melhor saída para este caso é potencializar o serviço do estabelecimento de
entrega, ou seja, apostar no conhecido delivery. Apostar nas entregas a
domicílio está trazendo um novo gás para diversos estabelecimentos desse
setor.
Inclusive, algumas das iniciativas que parecem estar dando mais certo estão
mesclando as entregas a domicílio com o preparo de cardápios especiais de
acordo com o perfil dos clientes. Essa é uma alternativa que pode agregar valor
para sua empresa, fazendo com que seus consumidores vejam seu diferencial.
Para isso, sairá na frente aqueles que já possuem um banco de dados dos
seus clientes, pois assim as entregas poderão ser personalizadas de forma
mais rápida..
Diversão e entretenimento: shows, festas, viagens, eventos
esportivos e etc

As empresas que trabalham com diversão e entretenimento presenciais
precisarão necessariamente postergar as datas, o que já vem sendo feito pela
maioria dos negócios grandes da área. O setor de viagens especificamente
também vai precisar flexibilizar suas regras contratuais com os clientes, para
tentar fazer com que estes reagendem as datas, e não cancelem.
Este setor com certeza está entre os mais afetados pela crise do coronavírus.
Sem muito mais possibilidades, neste setor vão sobreviver aquelas empresas
que tiverem caixa para se manterem pelos próximos seis meses, em média.

Caixa
Basicamente, você precisa estar consciente que vai precisar ter caixa suficiente
para sobreviver a uma queda brusca nas vendas. Naturalmente, essa queda
vai variar de setor para setor.
A recomendação da Academia de Executivos é que você trabalhe com o pior
cenário. Com isso, você estará preparado para sobreviver mesmo na pior
situação.
Neste momento, a solução é proteger o caixa ou refazê-lo. Para isso, existem
algumas ações extremamente importantes. Conheças elas melhor a seguir.
Custos de produção
O primeiro passo é cortar o máximo de custos quanto for possível com
produção. Isso pode acontecer através de:
● Renegociação com os seus fornecedores
● Mudança de fornecedores
● Concentração de atividades dispersas
● Enxugamento no mix de produtos
Pagamentos

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O segundo ponto é aumentar o prazo para pagamento de todos os
fornecedores. Uma forma simples de negociar isso é concentrar os
vencimentos (ao menos durante a crise do coronavírus) que ocorrem ao longo
de quatro semanas em um único pagamento no dia 30 do mês.
Administração de despesas
Naturalmente, as sugestões anteriores não adiantam de nada se você não
conseguir administrar bem as suas despesas. Por isso, é necessário cortar
despesas desnecessárias e adiar qualquer despesa que possa ser prorrogada
e ter seu pagamento postergado.
Uma dica de como fazer isso é restringir as suas compras apenas ao
estritamente necessário, assim como o cancelamento de viagens que sejam
urgentes.
Estoques

Outra ação que se faz necessária em tempos de coronavírus é a redução dos
estoques. A melhor alternativa neste caso é trabalhar com consignação com
seus fornecedores.
A consignação funciona da seguinte forma: o fornecedor entrega o produto dele
e você paga somente depois de o utilizar ou o vender. Naturalmente, é possível
que nem todos os fornecedores aceitem bem essa proposta. Por isso, vale a
pena pensar em outras alternativas de fornecimento, se for necessário.
Ademais, a crise certamente estará atingindo seu fornecedor também, de modo
que é possível que ele acabe por aceitar a proposta para evitar perder o cliente
(você).
Promoção
Muitas empresas já vem fazendo isso, mas não custa relembrar: faça
promoções para gerar caixa e manter clientes vinculados à sua empresa.
Lembre-se que o isolamento logo vai terminar e você vai precisar correr atrás
de todo o prejuízo. A forma mais fácil de fazer isso é mantendo seus clientes
conectados a você. Afinal, você não vai querer precisar reconquistar clientes
perdidos, certo?
Negociações bancárias
A sexta dica se refere a renegociação das dívidas bancárias de curto prazo.
Ligue para o seu gerente de banco e faça isso o quanto antes.
Outra possibilidade nesse momento é também contatar outros bancos e
começar a trabalhar com outro banco, que te ofereça condições melhores.
Acredite: muitos deles farão ofertas imperdíveis para tentar conquistar sua
conta.
Parceria com fornecedores
Converse com seus fornecedores e peça para que eles também participem das
promoções de vendas. Tente combinar para que haja desconto no preço,
doação de produtos ou algo do gênero.

Compartilhamento de espaços e equipamentos
Essa é uma dica mencionada aqui na Academia de Executivos há bastante
tempo, afinal, nós já trouxemos diversas vezes a importância de montar um
negócio enxuto. Mas claro que sempre vale relembrar: compartilhe espaços,
equipamentos, veículos e o que mais for possível com seus concorrentes e
fornecedores.
Unindo esforços, vocês poderão concentrar a produção em uma das operações
rachando os custos.
Pagamento de impostos
Por fim, a décima dica é a seguinte: se for realmente necessário, adie o
pagamento dos impostos, mas garanta o salário dos seus colaboradores e
fornecedores.
Sim, no futuro você precisará pagar multas e juros, mas isso poderá ser
parcelado quando a crise se normalizar. Entretanto, o funcionário que for
demitido ou que não receber salário poderá ser colocado em uma situação de
desamparo que você certamente não quer carregar na consciência.
Várias projeções diferentes estão mostrando que o parcelamento dos juros e
multas por inadimplência de impostos neste momento são uma saída muito
mais fácil de ser contornada do que a omissão de pagamento aos fornecedores
e aos funcionários, que são os seus verdadeiros parceiros de negócios.
Lição
O que se pode tirar disso tudo? Tenha um caixa robusto, basicamente.
Empresários que já sofreram no passado por outras crises econômicas já
aprenderam que é necessário ter em caixa valor mínimo para sobreviver por
cerca de seis meses pagando todos os seus custos e despesas fixas.
Entretanto, é claro que essa não é a realidade de todas as empresas. Por isso,
se seu negócio não tem condições dessa natureza, nossa sugestão é utilizar
algumas das dicas listadas acima para conservar seu caixa e seguir operando,
dentro do possível.

Modelo de negócio
Naturalmente, haverão empresas dentro de um mesmo setor que serão
afetadas de forma desigual nessa crise. Se você conseguir preservar seu caixa
o mais saudável possível, poderá aproveitar as oportunidades que surgirem.
O modelo de negócio de cada empresa é um dos definidores de como a
organização será afetada, em maior ou menor proporção. Por exemplo:
● Empresas com receitas recorrentes (como mensalidades, aluguéis,
comissões e etc) recebem um valor mensal pelos serviços e produtos
fornecidos
● Empresas cujo receitas dependem da venda do dia a dia e do contato
com novos clientes diariamente, como varejo
A tendência é que as empresas que trabalham com receitas recorrentes
tenham menos impacto negativo na crise, uma vez que a princípio elas
poderão continuar fornecendo os seus serviços e recebendo os pagamentos.
Inclusive, algumas dessas empresas tendem a crescer neste momento, como é
o caso daquelas que oferecem serviços que as pessoas consomem de forma
doméstica, como fornecimento de Internet, de serviços de TV a cabo e
streaming, players de música e de jogos e etc.
Leia também essas dicas de como reinventar seu modelo de negócio.
Receita recorrente x Caixa
Nesta crise do coronavírus, as empresas com receitas recorrentes precisam
concentrar seus esforços na redução de custos e de despesas e na possível
inadimplência de uma parcela de seus clientes.
Há empresas que possuem um caixa bastante saudável, mas que não
possuem receita recorrente para preservar ele. Estas organizações vão
precisar focar seus esforços nas inúmeras recomendações listadas acima de
redução de custos e de despesas e na ampliação de suas promoções e
contatos Online com os clientes.
Obviamente, a situação mais delicada é das empresas que não possuem caixa
saudável, não possuem receitas recorrentes e ainda estão com endividamento

acima do que é recomendado. Neste cenário, a saída é renegociar
urgentemente o prazo de vencimentos com seus fornecedores e bancos.

Revisão de orçamento
Por fim, a última recomendação serve para você não ser pego de surpresa no
futuro. É simples: faça uma revisão no seu orçamento para 2020 reduzindo as
suas vendas entre 30% até 50% e simule o funcionamento do seu fluxo de
caixa neste cenário.
Não é nenhum pouco bacana simular cenários tão negativos para a empresa, é
verdade. Entretanto, se antecipar aos problemas gera condições de soluções
mais saudáveis, no momento que as crises surgirem. E não se engane: outras
crises surgirão e o melhor que você pode fazer é estar mais bem preparado
para elas.
Com esse exercício de simulações mesmo em cenários ruins, você vai
conhecer as suas verdadeiras condições atuais para enfrentar a crise do
coronavírus e as próximas. Com a realidade da sua situação, você poderá
construir um plano de ação que garanta a sobrevivência do seu negócio pelos
próximos seis meses.
Veja também o que os clientes esperam de sua empresa.

Crédito bancário

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Se você precisar de linha de crédito para reduzir o impacto da crise do
coronavírus no seu negócio, você certamente irá contatar o seu gerente de
banco e buscar com ele o melhor custo-benefício. Mas preste atenção: custo-
benefício não quer dizer a opção de menor custo, necessariamente. Neste
momento, o melhor custo-benefício provavelmente será a linha que irá conciliar
o custo e o prazo para o pagamento.
A melhor alternativa neste momento é optar por linhas de crédito com prazos
mais distantes para pagar. Isso porque ainda não sabemos o tamanho e nem a
duração dessa crise.
Vale lembrar também que fornecer garantia ajudam a aumentar o prazo das
operações e a reduzir as taxas de juros que serão cobradas. Por isso, se você
tiver condições de oferecer garantias na contratação da linha de crédito, é
possível fazer um excelente negócio.
Refinanciamentos
Atualmente, as melhores linhas de crédito são referentes a refinanciamentos
de:

● Imóveis
● Veículos
● Máquinas e equipamentos
No refinanciamento de imóveis, as taxas estão atualmente girando em torno de
7% até 10% ao ano e o prazo poderá ser de até 30 anos.
Na categoria de refinanciamento de veículos, os juros atuais giram em torno de
18% até 20% ao ano e o prazo médio é de até 60 meses, ou seja, 5 anos.
Com o refinanciamento de máquinas e de equipamentos você poderá opções
de linhas de crédito com juros de 20% até 25% ao ano e o prazo poderá variar
de 24 meses até 36 meses, ou seja, de 2 anos até 2 anos e meio.
BNDES e cooperativas de crédito
Por fim, mas definitivamente não menos importante: ao que tudo indica,
existirão algumas linhas especiais de repasses do BNDES neste período de
crise devido ao coronavírus. Essas linhas especiais deverão ser
disponibilizadas pelo governo federal para ajudar as empresas neste momento
crítico.
Estas novas linhas poderão ser mais facilmente disponibilizadas pelos bancos
públicos, então vale a pena ficar atento às informações advindas pelas
instituições financeiras.
Para aqueles que não sabem: você também tem a opção de buscar uma
cooperativa de crédito. As cooperativas de crédito costumam disponibilizar
recursos mais baratos que os recursos oferecidos pelos bancos. Essa é uma
excelente alternativa principalmente nesse momento, tendo vista que a
tendência é que alguns bancos aumentem as suas taxas e exijam mais
garantias.
Assim como tantas outras, essa crise advinda da pandemia coronavírus vai
passar também. Você poderá sair dela fortalecido e com um negócio mais
sólido se conseguir antecipar os problemas e planejar as melhores opções.
Naturalmente, a melhor forma de fazer isso é tentando minimizar a queda das
vendas e, com isso, melhorando o seu capital de giro.

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empreendimento.

Veja também o post “O QUE AS EMPRESAS DE SUCESSO TÊM EM COMUM?

 

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