O papel do “médico corporativo” na homeostase empresarial

O papel do “médico corporativo” na homeostase empresarial

A convivência com médicos amigos do sistema Unimed nos trouxe uma série de aprendizados devido ao alto nível de exigência que se faz presente em seu cotidiano, composto por doutores e muitos deles, professores, dotados de inteligências privilegiadas que a todo o momento buscam entender melhor o mundo corporativo.

E foi tentando encontrar um modelo que resumisse a importância do aprendizado de gestão empresarial e estivesse alinhado com os conhecimentos técnicos desta classe de privilegiados, pois ministrava cursos para os administradores do sistema cooperativo, que esbarrei no conceito mencionado no tema deste artigo, onde sistemas complexos, como por exemplo, o corpo humano, precisa de Homeostase para manter a estabilidade, sobreviver e se desenvolver. Mais do que apenas sobreviver, estes sistemas devem ter a capacidade de se adaptar ao seu ambiente externo e interno.

Os sistemas homeostáticos exibem certas propriedades: são extremamente estáveis, toda a sua extensão e organização, interna, estrutural e funcional, contribui para a manutenção do equilíbrio e são imprevisíveis (o resultado de uma determinada ação pode mesmo ser o oposto do esperado).

Os diversos sistemas do corpo humano (cardiovascular, respiratório, digestório, nervoso, sensorial, endócrino, excretor, urinário, reprodutor, esquelético, muscular, imunológico, linfático e tegumentar) funcionando em perfeita harmonia e são um bom exemplo da importância da Homeostase na saúde de cada um de nós, pois basta que apenas um deles deixe de funcionar corretamente para entendermos o prejuízo e o dano que poderá causar para o corpo como um todo

Assim como o corpo humano, as empresas precisam buscar a Homeostase dos diversos sistemas que a compõe, permitindo não só se adaptarem às constantes mudanças do ambiente externo e principalmente viabilizando seu crescimento. Mudanças no ambiente externo demandam rápidas mudanças no ambiente interno.

O bom gestor, assim como o bom médico, entende a relação e a interdependência entre os diversos sistemas e órgãos e como fazer para que todos trabalhem e estejam em equilíbrio e harmonia.

Enquanto na fisiologia humana encontramos quatorze sistemas, na empresa vamos nos deparar com cinco macros sistemas que são a Visão/Missão, a Cultura Organizacional (princípios e valores), a Estrutura, os Recursos e a Estratégia que quando em perfeita sintonia geram excelentes resultados.

Sabemos que estes macros sistemas quando trabalhando em sincronia, geram empresas vencedoras capazes de se adaptarem rapidamente, mantendo o seu crescimento e excelente desempenho.

Nossos “médicos corporativos” precisam adquirir conhecimento e habilidade que somados ao talento individual irão permitir um rápido e perfeito diagnóstico da “doença organizacional”. Suas visões deverão estar voltadas para cada um dos sistemas, buscando entender o que o desequilíbrio em um ou mais poderá acarretar para toda a organização.

Assim como o corpo humano, toda organização adoece quando um o mais sistema começa a trabalhar de forma desequilibrada, comprometendo a interdependência dos sistemas.

Preparados com os conceitos básicos necessários para um correto diagnóstico, os bons “médicos corporativos” começam a análise fazendo questionamentos como: o que acontece quando a doença começa com uma falta de VISÂO/MISSÃO clara que todos precisam ter para se engajarem na caminhada?. Mesmo que os demais sistemas (a cultura, a estrutura, os recursos e a estratégia) estejam alinhados e corretos, o que acontece quando não construímos um sonho e uma razão de ser comum a todos?

E se o problema estiver na CULTURA, onde os princípios e valores são distintos a cada grupo do poder. Que doença afetará a organização?

Que sintomas poderão ter uma empresa com uma Estrutura organizacional incipiente ou debilitada?

Que dificuldades o corpo terá se o problema estiver na falta de RECURSOS (humanos físicos e financeiros)?

E quando falta a ESTRATÉGIA? Nossa receita é única ou estamos copiando nossos concorrentes? E se estamos copiando, estamos sendo mais eficientes?

Queremos formar os melhores executivos e médicos corporativos.

Executivos que sabem liderar com vontade profissional, humildade pessoal e com isso unir um grupo de seguidores entusiasmados na busca do sucesso e objetivo comum.

Médicos corporativos precisam estar atentos e preparados para entenderem os sintomas e perceberem quando o ambiente externo e ou interno está em desequilíbrio. Conhecer os macros sistemas e como eles se inter relacionam permitirá um  rápido e perfeito diagnóstico que identifique a causa  da “doença” e também qual o melhor “remédio” que irá agir assertivamente sobre os sintomas, permitindo que a homeostase volte  a se fazer presente.

Olhe e enxergue, observe e perceba; saia da hipnose de que o que sempre foi feito é o que deve continuar sendo feito. Busque entender através dos diferentes sintomas onde reside o problema da sua empresa e tenha coragem de fazer o que precisa ser feito.

Afinal, alguém nesse momento esta fazendo a ruptura do seu negócio.

 

 

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