Quais são os melhores livros de negócios em 2024? Confira a lista

Quais são os melhores livros de negócios em 2024? Confira a lista

Andrew Hill, redator sênior do “Financial Times”, elege os 11 títulos mais relevantes na categoria

Por Priscilla The, Jornal Valor Econômico

22/11/2024

Ao fim de cada ano, o jornal britânico “Financial Times” divulga listas de livros selecionados pelos editores da publicação. Nesta, Andrew Hill, premiado consultor editorial de negócios e redator sênior do FT, dá dicas de 11 títulos para inspirar empreendedores, funcionários e lideranças corporativas sobre assuntos recorrentes que atravessam finanças e economia, a exemplo da inteligência artificial, história, cultura e redes sociais:

1. Lucky Loser: How Donald Trump Squandered His Father’s Fortune and Created the Illusion of Success (“Um perdedor de sorte: Como Donald Trump esbanjou a fortuna do pai e criou a ilusão de sucesso”, em tradução livre), de Russ Buettner e Susanne Craig (Penguin Press)

O livro é um relato detalhado sobre uma investigação profunda das finanças do recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump, feita por repórteres do “New York Times”. Os autores mergulham em informações tributárias, registros comerciais e entrevistas com fontes próximas a Trump para explorar a verdade sobre o que ele reivindica ser uma construção pessoal de seu império multibilionário.

2. The Unaccountability Machine: Why Big Systems Make Terrible Decisions ― and How the World Lost Its Mind (“A máquina da irresponsabilidade: por que grandes sistemas tomam decisões terríveis”, em tradução livre), de Dan Davies (Profile Books)

Uma exploração sobre um sistema de gestão deixado de lado nos anos 1950, quando a economia convencional prometeu a “autorregulação corporativa”, arrastando as organizações para os atuais “sumidouros de responsabilidade”, estratégia de cultura institucional que anula a responsabilidade individual de funcionários que cometeram falhas no trabalho.

3. The Problem With Change: And the Essential Nature of Human Perfomance (“O problema com a mudança: e a natureza essencial do desempenho humano”, em tradução livre), de Ashley Goodall (Ebury Edge/Little, Brown Spark)

Uma crítica seca e bem-humorada, mas também séria, aos autores de “mudança por mudança” sem critérios definidos, de consultores a micro gerentes, combinada com um apelo para que executivos e equipes de RH apoiem ‒ em vez de destruir ‒ as estruturas de bastidores que sustentam o bom trabalho.

4. The Corporation in the 21st Century: Why (Almost) Everything We are Told About Business Is Wrong (“A corporação no século XXI: por que (quase) tudo o que nos dizem sobre negócios está errado”, em tradução livre), de John Kay (Profile Books/Yale University Press)

Uma análise ácida da célula corporativa arquetípica do capitalismo e o que aconteceu com ela quando a produção de bens materiais deu lugar a serviços imateriais e inalcançáveis. Esta obra é finalista do Prêmio Financial Times e Schroders Business de Livro do Ano.

5. Gambling Man: The Wild Ride of Japan’s Masayoshi Son (“Jogador de apostas: a aventura selvagem de Masayoshi Son, do Japão”, em tradução livre), de Lionel Barber (Allen Lane)

Em sua investigação sobre a vida, a carreira e as motivações do capcioso fundador do conglomerado de investimentos SoftBank, o ex-editor do “Financial Times” e autor do livro, Lionel Barber, compara histórias sobre a presunção e a extravagância de Son versus a “coragem, criatividade e… a capacidade de provocar mudança”. Uma visão fascinante e detalhada sobre o excesso e o entusiasmo do empreendedor que partiu de Tóquio e foi para o Vale do Silício.

6. Co-Intelligence: Living and Working with AI (“Cointeligência: vivendo e trabalhando com a IA”, em tradução livre), de Ethan Mollick (WH Allen/Portfolio).

Um guia afiado e bem-humorado sobre como aproveitar ao máximo a inteligência artificial generativa. Mollick segue sua própria receita para o sucesso, “convidando a IA para juntar-se à mesa” e fazendo os próprios experimentos misturando o seu potencial criativo com a capacidade de resolver problemas.

7. Tribal: How The Cultural Instincts That Divide Us Can Help Bring Us Together (“Tribal: como os instintos culturais que nos dividem podem ajudar a nos unir”, em tradução livre), de Michael Morris (Tese)

Também finalista do Prêmio Financial Times e Schroders Business de Livro do Ano 2024, o livro traz um olhar profundo, contemporâneo e otimista sobre como aproveitar os instintos tribais próprios dos seres humanos de maneira positiva, em vez de permitir que eles dividam as pessoas. Uma fonte valiosa de lições sobre o comportamento humano para lideranças políticas e executivas.

8. The Algorithm: How AI Can Hijack Your Career and Steal Your Future (“O algoritmo: como a IA pode sequestrar sua carreira e roubar seu futuro”, em tradução livre), de Hilke Schellmann (Hurst/Hachette Books)

Uma reflexão inquietante sobre o impacto da inteligência artificial aplicada para ajudar no recrutamento de força de trabalho e na gestão do desempenho. Schellmann alerta como os algoritmos podem alimentar vieses e causar mais danos do que benefícios.

9. Unit X: How The Pentagon And Silicon Valley Are Transforming The Future Of War (“Unidade X: como o Pentágono e o Vale do Silício estão transformando o futuro da guerra”, em tradução livre), de Raj Shah e Christopher Kirchhoff (Scribner)

A história intrigante e, às vezes, preocupante de como Shah e Kirchhoff lideraram a missão de melhorar os processos de aquisição de bens para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Os autores explicam como lidam com a burocracia do Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos EUA) e recorreram às startups do Vale do Silício para revolucionar a maneira como o exército dos EUA é abastecido e como a guerra acontece. Mais um finalista do Prêmio Financial Times e Schroders Business de Livro do Ano 2024.

10. The Friction Project: How Smart Leaders Make The Right Things Easier And The Wrong Things Harder (“O projeto atrito: como líderes sagazes fazem com que as coisas certas fiquem mais fáceis e as erradas, mais difíceis”, em tradução livre), de Robert Sutton e Huggy Rao (Penguin/St Martin’s Press)

Este é um manual prático, um “lenga-lenga” de atritos que vão desde reuniões que poderiam ser e-mails a comunicados cheios de bobagens, um hino em louvor aos “solucionadores de pepinos” e uma dica apropriada de “bons” atritos que afastam as pessoas de más decisões.

11. Higher Ground: How Business Can Do The Right Thing In A Turbulent World (“Patamar elevado: como os negócios podem fazer a coisa certa num mundo turbulento”, em tradução livre), de Alison Taylor (Harvard Business Review Press)

Um guia importante para líderes que lutam para equilibrar demandas conflitantes dos stakeholders (partes interessadas), pautas ESG e questões éticas enquanto decidem se devem ou não interferir em problemas políticos que dividem suas equipes de trabalho.

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