O poder do número sete na gestão de talentos.

O poder do número sete na gestão de talentos.

Nada proposital e pura coincidência quando ao buscar uma forma simples e didática de alinhar a visão que toda liderança deveria ter quando o tema fosse gestão de talentos me vi diante do poder do número sete.

Tenho uma necessidade enorme de simplificar as coisas, olho o que é complicado, complexo e me vejo em busca de caminhos ou modelos que facilitem o entendimento e possa ser acessível a todos. Meu incomodo é grande quando vejo professores, gestores, políticos ou qualquer pessoa complicando na exposição de conteúdos que precisam ser passados à frente.

Os sete dias da semana, as sete cores do arco-íris, as sete súplicas do pai nosso, os sete arcanjos, as sete notas musicais, os sete chakras, as sete pragas dos Egito, os sete pecados capitais, todas as nossas células mudam de sete em sete anos, sete o numero da perfeição e de repente ali estava ele para ajudar a organizar meus pensamentos uma vez que iria falar com a liderança da empresa sobre a necessidade de construirmos uma visão comum quando o tema fosse gestão de times, uma vez que a área de recursos humanos estava sob a minha supervisão.

Sem me dar contar, organizei todas as ações pertinentes ao tema em sete etapas, que chamei dos “sete passos dourados na gestão de talentos”, onde independente da formação acadêmica de cada um, fosse de fácil entendimento; uma ferramenta que pudesse ser usada no cotidiano da liderança e ajudasse a identificar pontos positivos e aqueles que deveríamos melhorar.

Este modelo nasceu da necessidade em demonstrar para a liderança da organização, na época  um banco, que todos éramos RH e por isso a necessidade da visão comum  que pudesse ser compartilhada por todos. Como irão observar todos os temas pertinentes à gestão do capital humano foram contemplados nos sete passos dourados.

O primeiro “passo dourado” chamei de ATRAÇÃO, ou seja, que estivéssemos atentos aos profissionais que estávamos atraindo para a empresa. Recrutar e selecionar com assertividade nos permite ter pessoas certas nos lugares certos, maximizando seu C.H. A (conhecimento, habilidade e atitude) e colaborando para a construção de uma empresa vencedora. Mais importante que saber o que fazer, é saber com quem fazer segundo Jim Collins em seu livro “Empresas feitas para vencer”.

Quando prestamos atenção, percebemos que A contrata A, B contrata B e C contrata C, ou seja, cada um atrai seu semelhante. Por isso precisamos cuidar para não termos muitos C e poucos A.

ORIENTAÇÃO é o segundo passo, desafio de mostrar o caminho, construir um ambiente que todos queiram estar e uma visão que todos queiram partilhar. Aqui falamos da formação e construção de lideres, que através da vontade profissional e humildade pessoal irão engajar a todos em busca do objetivo comum.

Aqui nossa função era trazer a discussão sobre o tipo de liderança que tínhamos versus a que precisaríamos ter. Atrair a pessoa certa e estar preparado para orientar corretamente é vital para a longevidade dos negócios. Precisamos de gestores que entendam o significado do empoderamento, que só acontece com quando se dá autonomia, suporte e direcionamento.

Liderança pressupõe seguidores, aqueles que escolhem seguir sem a dependência da necessidade de seguir. A capacidade de construir propósitos que sejam abraçados por todos é que irá diferenciar o líder do chefe.

A CAPACITAÇÃO, nosso terceiro passo dourado, onde o foco passa a ser proporcionar ferramentas para que possamos alavancar a capacidade de realização de cada individuo. Mapear necessidades e treinar na medida certa, dando a cada um os conhecimentos adequados que permitirá exponenciar sua capacidade de realização. Treinamentos técnicos e comportamentais dados da forma assertiva, com o conteúdo adequado e no tempo correto.

Atrair corretamente, orientar no melhor caminho sem o devido treinamento poderá frustrar nossas expectativas.

Uma ação cada dia mais rara de ser encontrada nas organizações me fez chamar o quarto passo dourado de MOTIVAÇÃO, sim aquela atitude que visa motivar a ação.

Pesquisas demonstram que o ser humano na sua maioria é auto motivavel e basta pequenos movimentos para exponenciar esse sentimento. Infelizmente as organizações têm a capacidade e o poder de desmotivá-los através de pessoas despreparada e usualmente chamadas de chefes. O ponto aqui é fazer com que o verdadeiro líder tenha na sua rotina diária a preocupação com esse passo e busque identificar ações que despertem em sua equipe a vontade de pertencer, fazendo com que a MOTIVAÇÃO e o entusiasmo (deus interior) se façam presentes.

Liderar em um mesmo ambiente diversas gerações faz este tema ainda mais importante na medida em que os propulsores motivacionais são diferentes.

Atrair corretamente, orientar no melhor caminho, capacitar com as melhores técnicas não irá adiantar em nada se não houver entusiasmo e MOTIVAÇÃO. Você sabe o que motiva cada um dos integrantes do seu time?

AVALIAÇÃO vem na seqüência como o quinto passo dourado, onde devemos ter as ferramentas adequadas para aferir o resultado de cada um, de cada equipe e com isso dar um feedback preciso. A meritocracia se faz através de um modelo justo de avaliação.

Vivemos grandes mudanças neste tema, uma vez que muitas empresas entenderam que as ferramentas precisam ser simples e de uso mais freqüente. Mensurar metas atingidas e comportamentos praticados precisa de orientações mais freqüentes.

Atrair os melhores, orientar corretamente, capacitar na medida, motivar constantemente requer avaliações mais assertivas realizadas em períodos menores.

A REMUNERAÇÃO é o sexto passo da nossa caminhada em busca da melhor modelo na gestão talentos, onde deverá estar alinhada com a estratégia da empresa no mercado em que atua. A somatória do salário fixo, do variável e do pacote de benefícios deverá estar apta a atrair e reter os melhores talentos mantendo os custos da empresa em um patamar que lhe permita ser competitiva.

Tudo feito corretamente só nos restará a COMEMORAÇÃO, nosso sétimo e ultimo passo dourado, cuja sua grandiosidade poderá explicar o nível de engajamento, uma vez que é aqui que as emoções deverão ser expostas. Metas audaciosas cumpridas precisam ser bem comemoradas, demonstrando a todos o nível de gratidão da liderança para com seus liderados.

Precisamos ritualizar nossas conquistas, demonstrando o reconhecimento para com a equipe e todo trabalho realizado. Engajamento se da com comprometimento e paixão, emoção que sabemos ser mágica na busca da realização dos nossos objetivos.

1-Atração, 2- Orientação, 3- Capacitação, 4-Motivação,5- Avaliação, 6 – Remuneração e         7 – Comemoração aqui chamadas de passos dourados, poderiam ter outros nomes como os sete focos do RH, os sete olhares e outros, mas o que realmente importa é que estas sete palavras, todas terminadas com a palavra AÇÃO, façam parte do vocabulário e do cotidiano de cada líder, ajudando-o a identificar rapidamente em qual delas ele precisa agir rapidamente, bem como aquelas que quando bem acionadas constrói o diferencial da empresa.

O modelo, embora simples, se bem aplicado e entendido resultará num incremento considerável nos resultados da organização, afinal trazem com ele a magia e o poder do numero sete. Nada é por acaso, acredite.

 

 

 

 

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