Qual a principal razão da morte de uma empresa? Aprenda e aumente a longevidade da sua empresa.

Qual a principal razão da morte de uma empresa? Aprenda e aumente a longevidade da sua empresa.

O mundo corporativo é marcado por histórias de todos os tipos, mas as que  sempre me fascinaram, e me fascinam até hoje, são as histórias de empresas que foram lideres em seus mercados durante muitos anos, ditando as regras em seus mercados, gerando lucros acima da média de mercado e após alguns anos  iniciam um processo de declínio sem volta. Muitas dessas empresas acabam sendo compradas ou simplesmente desaparecem.

O processo de declínio e morte da empresa é comum no mundo empresarial desde os primórdios e do surgimento das primeiras empresas mercantis. E quando isso acontece surge pergunta no ar…O que aconteceu e  Quais foram as razões e as causas da morte dessas empresas? Existe um padrão de comportamento ? Podemos estudar essas causas e criar uma vacina que impeça outras empresas de seguirem o mesmo caminho?

Apos mais de 30 anos trabalhando no mundo corporativo, seja como empreendedor ou executivo, aprendemos que existe um conjunto de causas comuns que surgem em um determinado momento na empresa e que se potencializam em decorrência da má gestão da liderança. Essas razões são variadas de acordo com a empresa mas a razão e causa principal parece ser sempre a mesma….

Antes de listarmos essas causas e apontarmos aquela que é a mais comum entre todas as empresas, gostaria que lessem abaixo um curto paragrafo de um livro do artista e escritor Celito Medeiros que ira definir com precisão a principal causa da morte da empresa..Vamos a ele….
“A maioria das pessoas sabem que os japoneses adoram peixe fresco, porém as águas perto do Japão não produzem peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar cada vez mais longe.

Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar nas prateleiras dos supermercados, e se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. Como era de se esperar, os japoneses, nem ninguém gostam do sabor de peixes sem vida e que não estejam frescos.

Para resolver este problema, as empresas tiveram uma ideia e instalaram frigoríficos em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto mar. As câmaras frigoríficas permitiam que os barcos fossem mais longe e ficassem em alto mar por mais tempo, entretanto, os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado, e é claro, também não gostaram do sabor.

Tentando resolver novamente o mesmo problema, as empresas de pesca instalaram nos barcos enormes tanques para manter os peixes vivos, entretanto eles eram tantos que acabavam amontoados pela falta de espaço. Então, confinados, os peixes paravam de se debater e não se moviam mais, chegando cansados e abatidos, porém, ainda vivos. Embora a ideia fosse boa, os japoneses ainda podiam notar a diferença no sabor. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o paladar. Os japoneses gostam de peixe fresco e não do sabor do peixe apático.

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas tiveram então uma ideia brilhante: além de colocar os peixes dentro dos tanques, elas também adicionaram um pequeno tubarão em cada um deles. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria chega “muito vivo”. Os peixes são desafiados. Ficam alerta e tentam sobreviver a qualquer custo”

O texto acima descreve a realidade do que se passa em muitas empresas em algum momento de seu ciclo de vida. A liderança e sua equipe, que se encontram na mesma posição a alguns anos, fazendo as mesmas coisas DE SEMPRE, não se sentem desafiados o que reduz a motivação que reduz a criatividade e as inovações..A empresa passa a entregar as mesmas coisas que os concorrentes. Evita se ao máximo qualquer mudança pois ninguém gosta de sair da zona de conforto. Dentro da equipe um procura proteger o outro para que mantenham o status-quo atual.

Com esta postura a empresa perde muitas oportunidades de melhorias pois ninguém quer arriscar sair da sua zona de conforto e perder os privilégios atuais…Essa posição é que faz com que se incie o processo de declínio da organização. O empreendedor deve entender que o sucesso é como o músculo do corpo..ele so aumenta quando é colocado sobre pressão e força.

Devido a muitas consolidações em muitas industrias, criando grandes oligopólios, os executivos tiveram suas rotinas facilitadas, pois se encontram em um grande tanque sem tubarão. Ninguém incomoda ninguém e a vida segue, desperdiçando muitas oportunidades para os acionistas.

Muitas vezes sua sorte é que o concorrente é pior que voce em sua acomodação.

Esta postura generalizada criou o paradigma, que é uma realidade, de que quem faz a revolução na sua indústria é SEMPRE um “outsider”, ou seja, alguém de fora.

Vejam o exemplo do UBER. Quem criou este serviço de transporte de “compartilhamento” que revolucionou o mundo, não foram as cooperativas de taxis e sim um empreendedor de fora que queria melhorar o serviço de transporte. Em uma tarde de neve em Paris em 2008,Travis Kalanick e Garrett Camp tiveram dificuldades em pegar um táxi. Então eles tiveram uma simples ideia “apertar um botão, conseguir um carro”.

Outro bom exemplo é o AIRbnb. Não foi uma rede de Hotéis que teve a ideia. Tres estudantes, que viviam em São Francisco-California, sem dinheiro para pagar o aluguel, e a procura de um novo projeto, tiveram a ideia de alugar parte do seu apartamento quando houve uma conferência de designers na cidade, oferecendo no site “air bed and breakfast”, o que significa um colchão de ar com o cafe da manhã.

E você sabe quem está fazendo a revolução no mundo automobilístico com os carros autônomos??Não é a Ford, GM, Toyota e nenhuma outra indústria de automóveis, mas a sim indústria de robótica e os outsiders como Google e Tesla.

O ser humano não gosta de mudanças  e essas só acontecem quando enfrentam perigo de sobrevivência como quando se coloca um “tubarão no tanque” dos seus executivos.

Desenvolva uma eterna insatisfação, seja exigente com suas exigências e procure sempre desafiar sua equipe. É clichê falar SAI DA ZONA DE CONFORTO, mas enquanto você dorme tem alguém reinventando sua indústria. Usa a tecnica TBC….”tire a bunda da cadeira…”

RESUMINDO…QUEM MATA UMA EMPRESA É A SUA LIDERANÇA.

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3 comentários sobre “Qual a principal razão da morte de uma empresa? Aprenda e aumente a longevidade da sua empresa.

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